A teologia
católica nos ensina que todo sacramento é um ato de Cristo
realizado através da Igreja. Jesus encarnou-se para cumprir o desejo
do Pai, de salvar a humanidade. Tudo o que realizou são atos
salvíficos. Salvou os homens de seu tempo e essa salvação também
nos atinge. Desejando manter um instrumento visível para os homens e
mulheres se reconciliarem com Deus, instituiu o sacramento da
Penitência.
A grande
dificuldade dos fiéis, alimentada ainda mais pelo protestantismo, é
a de entender como um “homem” pode ter o poder de perdoar
pecados. Se um fiel permite-se aderir essa dúvida, poderá assumir
muitas outras e chegar ao ponto de questionar até mesmo a autoridade
da Sagrada Escritura. Seria o caos na fé!
Esse dilema se
resolve de maneira muito simples. Cristo quis utilizar-se de homens
para conceder a graça do perdão, e disse-lhes: “Tudo o que
ligares na terra, será ligado no céu. Tudo o que desligares na
terra, será desligado no céu”. O sacerdote é um ministro que faz
as vezes de Cristo junto dos homens.
O efeito imediato
do sacramento é o perdão dos pecados. Um segundo efeito muito
recorrente é paz e tranquilidade sentida após cada confissão.
Confessar é garantir o céu; é purificar-se; é renovar o amor por
Jesus. Com esse perdão, somos impulsionados a continuar a nossa
árdua missão.
Quando cometemos
um pecado, toda a Igreja, por que é um corpo, sofre suas
consequências. Se essa igreja é formada por seus membros, estes
também são atingidos pelas consequências do pecado. A confissão
nos reconcilia com Deus e com esses irmãos, inserindo-nos unidos não
em uma estrutura, porém em uma comunhão de almas.
O sacramento da
Penitência é de suma importância, pois ele nos coloca novamente em
comunhão com Deus. Se pecar é dizer não a Deus, Ele não tem como
nos conceder sua graça, uma vez que o rejeitamos. Precisamos pedir
perdão, confessar e aí poderemos contar novamente com sua força. O
sacramento da Confissão também nos livra da morte eterna, se
estamos em pecado grave, pois este é um “ingresso para o inferno”.
Se um fiel está em pecado grave, deve buscar a confissão o mais
rápido possível, pois nunca sabemos quando será nossa hora. Ainda
que não possua pecados graves, é muito salutar que o fiel busque a
confissão com certa frequência (quinzenalmente, mensalmente) para
que assim evite cometer os pecados graves.
Por fim, desejo indicar alguns passos para uma
boa confissão. A primeira coisa que se deve fazer é um bom exame de
consciência. Para tal, vale muito repassar os 10 mandamentos da Lei
de Deus e os 5 mandamentos da Igreja, questionando ao Senhor se
ofendeu a Ele ou não. Em seguida, o fiel pede perdão ao Senhor,
arrepende-se de ter cometido e vai ao sacerdote. Na confissão, basta
contar o tipo de pecado, quantidade de vezes que o cometeu e se foi
acompanhado (exemplo: um roubo cometido 2 vezes com outras 2
pessoas).
Assim agindo, certamente o Senhor dará forças
para ser fiel a Ele.
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